segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

POEMA


DELEITE
Estar contigo é um prazer
Ficar assim, mornamente nos teus braços;
Aconchegada, largada, dormente e demente.
Esquecida de tudo, num ato de perder,
Toda a razão dos percalços
Da vida, assim, docemente.

Lá fora a chuva ou será o sol, ou estrelas e lua?
Não sei, também, que importa?
Só eu e você, nesse abandono.
Nada acontece na rua
O momento não suporta
Nada mais que nosso contorno

Um olhar, um sorriso, palavras, carinhos;
Mundo perfeito, nosso mundo.
Brisa suave, quieta, só espiando,
Murmúrios baixinhos
Pra não atrapalhar, como música de fundo,
Da paisagem, de mim em você aninhando.

POEMA


SEMPRE ESPERANDO...
Seus olhos já não são tão brilhantes
O tempo passou
O eterno instante de esperar
Tornou-se obscuro ponto do nunca
A ponte caiu
Não há mais além do horizonte
Prédios enormes o esconderam
Não há ansiedade,
Agora tanto faz
Aquele que vem, vem?
O incerto futuro perdeu-se no tempo
A eternidade “efêmera” deixou marcas
Olhos nevoados pelas cataratas...