quinta-feira, 13 de maio de 2010

DREMELGAS NA LIVRARIA CULTURA

É com imenso prazer que o grupo Dremelgas Literárias, do qual faço parte, faz uma homenagem mais que merecida a Jomard Muniz de Brito, professor, escritor, poeta, crítico literário, irreverente, revolucionário, tropicalista etc, etc, etc..., um ser plural, múltiplo e único, contraditório? Não, não rotulável.



quinta-feira, 11 de março de 2010

MULHER, SIMPLESMENTE


Mulher, sua essência é a beleza de corpo e de alma
Luz, força, sorriso
Que se renova na fantasia de tudo poder
Planta e rega, poda e colhe
Pertencem-lhe passado, presente e futuro
Resiste aos paradigmas
Busca liberdade, independência, identidade
Mas também não os nega
Busca família, marido e filhos
Rainha do lar por natureza imposta
Rainha do mundo fantástico da imaginação
Que se manifesta na substância do silêncio e dos detalhes
Alma e corpo na medida certa para gozar a vida, na vida e da vida.

HOMENAGEM A JOÃO CABRAL DE MELO NETO

Patrocinado pela Fundação de Cultura do Recife, foi um evento marcante, no Mercado Público da Boa Vista, dia 9 de janeiro de 2009, num domingo que começou chuvoso, mas que depois o sol se fez presente para, também, prestar homenagem a esse grande poeta pernambucano.


Da esquerda para direita: Susana Morais, eu e Raísa Feitosa

O FIM DO MUNDO

João Cabral de Melo Neto

No fim de um mundo melancólico
os homens lêem jornais.
Homens indiferentes a comer laranjas
que ardem como o sol.

Me deram uma maçã para lembrar
a morte. Sei que cidades telegrafam
pedindo querosene. O véu que olhei voar
caiu no deserto.

O poema final ninguém escreverá
desse mundo particular de doze horas.
Em vez de juízo final a mim me preocupa
o sonho final.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Natal de “paz azul” na CEPE

Promovido pela CEPE, neste mês de dezembro, o emblemático lançamento do livro ENTRELINHAS, uma inusitada parceria - de Dom Helder Câmara, com poemas escritos no Recife, em 1970, sobre poemas de Carlos Pena Filho, publicados em 1959 – e união do Profeta da Paz com o Poeta do Azul, simboliza a boa fase da Editora, que “encerra um ano de atividades positivas, finanças equilibradas e com um ambicioso plano estratégico definido para 2010”, de acordo com a diretora-presidente Leda Alves.
Diretores, superintendentes, gestores e funcionários em geral têm hoje, na CEPE, um clima de confiança no futuro e de cenário positivo para o crescimento pleno da empresa, assegura Leda Alves.
A festa de confraternização natalina, programada para a próxima sexta-feira, dia 11, à tarde, na sede da CEPE, será realizada nesse clima de “paz azul” e, se transformará em uma autêntica festa nordestina com a participação do poeta e ator Jessier Quirino, no ato final : a sua personalíssima interpretação da poesia popular e dos “causos” do rico anedotário nordestino vai ampliar a alegria e o brilho da confraternização da Companhia Editora de Pernambuco.

Juareiz Correya
(81) 31832735 / CEPE, à tarde.
86852194

Vale a pena conferir.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

VISIBILIDADE

O poema/manifesto abaixo recitei no Quartas Literárias (26/08/2009), no Centro Cultural Luiz Freire - Olinda. O tema do evento foi "Visibilidade Lésbica" em virtude do Dia das Lésbicas (28/08). Embora não tenha o privilégio de fazer parte desse grupo, a intenção foi homenagear as mulheres, especialmente as lésbicas, que considero não se tratar apenas de uma opção sexual, é muito mais que isso, é um conceito de vida.

Isso não é demônio,
Isso não é doença.
É amor, carinho e compreensão...
A sociedade discrimina,
O sistema discrimina,
A igreja discrimina.
Quebrem-se as máscaras!

Vivas ao direito de existir,
de ser o que é,
ao direito à vida.
É resistência ao machismo, ao patriarcado
E à sua expressão mais nociva - a norma.
Não à censura e ao cerceamento dos afetos e desejos.

É visível
O que não se vê não existe;
O que não se conhece dá medo, ódio,
Desperta fantasias negativas.
Não é ser gay,
Não é ser homossexual,
Não é apenas uma opção sexual;
É ser Mulher, é ser Lésbica!

domingo, 7 de junho de 2009

CIRCO AMBULANTE


Hoje tem espetáculo!
Em marcha lenta segue a procissão
Dos mal amados filhos de Deus.
Em cada semblante a famigeração própria de espíritos ateus;
Em que a sarjeta seria o caminho natural das almas desgovernadas,
Mas a sua inocente fé, não se sabe em quê,
Levam para o limbo das vãs esperanças
De que os que ferem a alma dos desesperados
Serenem sua consciência com bolsas sem fundos.
Assim o circo cresce,
Palhaços acabrunhados com seu fraco riso,
Acompanham os miseráveis
Nas fileiras imundas das feras domadas pela fome e miséria.
Mambembes ignorantes vestidos com cetins e brocados,
Fantoches que seguem a trilha com chicotes na mão:
A falta de educação e de informação.
Malabaristas se equilibram na corda bamba
De um futuro incerto.
Será infinitamente o país do amanhã?
Videntes que o digam...
A procissão segue deixando rastros de ilusão
Serpentinas, confetes e purpurinas
E um nariz de palhaço.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

O CIRCO


Circo, arena de figuras geométricas.
Retas, trapézios e círculos que convidam:
Desafie a morte, arrisque.
Círculo também no nariz do palhaço
Malabaristas brincam com as circunferências
A arena repete a mesma figura, maior
Cercado pela arquibancada de retas e triângulos
Tudo circundado por um polígono de lonas
Atenção!
A função vai começar,
Isso não é uma aula de geometria
Podem sorrir, é o circo trazendo alegria.