domingo, 7 de junho de 2009

CIRCO AMBULANTE


Hoje tem espetáculo!
Em marcha lenta segue a procissão
Dos mal amados filhos de Deus.
Em cada semblante a famigeração própria de espíritos ateus;
Em que a sarjeta seria o caminho natural das almas desgovernadas,
Mas a sua inocente fé, não se sabe em quê,
Levam para o limbo das vãs esperanças
De que os que ferem a alma dos desesperados
Serenem sua consciência com bolsas sem fundos.
Assim o circo cresce,
Palhaços acabrunhados com seu fraco riso,
Acompanham os miseráveis
Nas fileiras imundas das feras domadas pela fome e miséria.
Mambembes ignorantes vestidos com cetins e brocados,
Fantoches que seguem a trilha com chicotes na mão:
A falta de educação e de informação.
Malabaristas se equilibram na corda bamba
De um futuro incerto.
Será infinitamente o país do amanhã?
Videntes que o digam...
A procissão segue deixando rastros de ilusão
Serpentinas, confetes e purpurinas
E um nariz de palhaço.