quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

SARAPATEL COM SUSHI










Deve ser coisa da idade
Mais de 40 anos bebendo água brasileira
Começo a misturar as coisas.

Cachaça com saquê
Samurai com Lampião
Recife com Nakasaki

Kabuki com Mamulengo
Maracatu, frevo, vassourinhas, ciranda e roda de coco,
Com os tambores e cantos dos festivais de cerejeira e dos “Bom-Odoris”

As ruas e pontes do Recife
Com as lembranças das ruas da minha infância

Monte Fuji, olhos puxados, quimono
Capoeira, caranguejos, vitalinos.

Olindando nos carnavais
Recifrevando nos passos do Galo

Carrosséis e cirandas
Girando na roda dos tempos
Fusos horários
Acordo quando anoitece em Tókio
Tókio acorda com a lua sob o Capibaribe

No Japão eu nasci
Em Pernambuco vou me ficando.

6 comentários:

  1. Sachiko, que boa surpresa foi sua estréia ontem em leitura pública. Dou as boas-vindas à poetisa, estreante apenas na exposição mas com jeitão já de poetisa madura. Gosto do lirismo sereno e suave dos seus versos, mesmo quando trata de temas menos leves. E esse sarapatel com sushi está simplesmente fantástico. "Em Pernambuco vou me ficando." é um achado.
    Parabéns, aproveite o impulso e mergulhe de cabeça nessa cachaça...rs

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  2. Bonita surpresa! Poesias da minha mãe!! Já era fã da pessoa, agora da poetisa!! Sarapatel com sushi é lindo! Parabéns mãe e que Deus a abençoe sempre!

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  3. Muito bom, Sashiko. Teria comparecido, se pudesse.
    Um grande abraço e seja bem-vinda.
    Jade

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  4. Sua sensiblidade transmitida no palco juntamente com a poesia irisa todos.
    beijos. Lindos textos!!!

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  5. Sachiko-san,
    Meus parabéns!!!
    Pelos comentários postados, dá para se ter uma idéia de como foi a sua performance, declamando seu poema.
    Realmente, "Sarapatel com sushi" é uma delícia poética.
    Um beijo

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  6. A delicadeza e sensibilidade oriental e a força pernambucana dessa moça, fazem dos seus versos uma exótica e singular mistura que a todos encanta.
    Seu coração bate acelerado nas pontas dos seus dedos sobre o teclado de um computador,ou deslizando suave e ligeiramente com uma caneta sobre o papel, só prá liberar poemas que nos encanta a alma.
    Ela é assim: uma mistura fina de cores e sabores poéticos.
    Beijos, moça! Sucesso sempre!
    Sylvia

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