sexta-feira, 15 de maio de 2009

O CIRCO


Circo, arena de figuras geométricas.
Retas, trapézios e círculos que convidam:
Desafie a morte, arrisque.
Círculo também no nariz do palhaço
Malabaristas brincam com as circunferências
A arena repete a mesma figura, maior
Cercado pela arquibancada de retas e triângulos
Tudo circundado por um polígono de lonas
Atenção!
A função vai começar,
Isso não é uma aula de geometria
Podem sorrir, é o circo trazendo alegria.

APELO

Esse poema foi apresentado na Festa de Livros (23/08), na praça do Arsenal - Recife Antigo, no última dia do Festival de Literatura "A Voz e a Letra" versão 2009.








A prece não cala a alma que grita
Sufocada pela verme do desamor
Angústia solitária
Corrói a mente e amordaça o coração
A brasa do cigarro queima o que resta de humanidade
As cinzas, prova do fugaz momento de sanidade
O vento, sem nenhuma vergonha levou
Um grito mudo que explode
Num apelo
Silêncio
Nada a fazer
Inútil esforço de se refazer
A mão fica estendida
No vácuo da ilusão dos mortos vivos.